Biblioteca Particular

SACROBOSCO (Johannes) [HOLLYWOOD (John, of Halifax)]. SPHAERA Iohannis de Sacrobosco. Antuerpiae. 1547.

O leilão começará em __ dias e __ horas

Preço base: €300

Preço estimado: €300 - €400

Comissão da leiloeira:

SACROBOSCO (Johannes) [HOLLYWOOD (John, of Halifax)]
SPHAERA Iohannis de Sacrobosco. Antuerpiae: apud Iohannem Richardum, 1547.

A-E8; [40] ff., a última em br.: il.; 155 mm. Encadernação inteira de pele moderna decorada a seco nas pastas e títulos na lombada; acidez; marcas de posse; corte das folhas carminado.

Curiosa e bonita edição em pequeno formato do famoso tratado da esfera de Sacrobosco.
John Hollywood, de Halifax (fal. 1.ª metade do séc. XIII), matemático e cosmógrafo inglês, normalmente conhecido pelo seu nome latinizado Johannes de Sacrobosco, escreveu várias obras que chegaram até nós. Pouco sabemos da sua vida, excepto que nasceu, provavelmente em Halifax, no Yorkshire, estudou em Oxford e passou grande parte da sua vida em Paris onde ensinou e veio a morrer. Escreveu “De Anni ratione”, um tratado sobre o calendário, e “Algorismus vulgaris”, livro metódico e prático sobre aritmética muito popular, para além de dois livros sobre o quadrante que lhe são atribuídos. No entanto, o mais conhecido dos seus trabalhos é este tratado da esfera, que saiu pela primeira vez em Ferrara, 1472 com o título “Tractatus Spherae Magistri Iohannes de Sacrobosco”, geralmente conhecido por “De Sphaera”. Baseia-se no “Almagesto” de Ptolomeu, em Alfragano e outras fontes. Sacrobosco escreveu esta obra como livro escolar para iniciação na cosmografia influenciando bastante o ensino daquela disciplina até ao séc. XVII.
“De Shpaera” foi traduzida e incluída nos “Regimentos” de Munique e de Évora e no “Tratado da Sphera” de Pedro Nunes, como introdução geral ao estudo da cosmografia, influenciando também outros autores que se ocuparam de assuntos cosmográficos como Duarte Pacheco Pereira, D. João de Castro, André de Avelar, etc.
Uma cópia manuscrita do século XV encontrada na livraria do Mosteiro de Alcobaça sugere que a obra era conhecida e ensinada muito antes de ser impressa pela primeira vez, influenciando extraordinariamente os primeiros navegadores portugueses.