Biblioteca Eng.º Guedes Rodrigues

quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024 às 21:00 UTC

ALBUQUERQUE (Brás de). CARTAS de Affonso de Albuquerque seguidas de Documentos que as elucidam. Lisboa: Typographia da Academia Real das Sciencias, 1884-1935.

Preço base: €300

Preço estimado: €300 - €400

Comissão da leiloeira:

ALBUQUERQUE (Brás de)
CARTAS de Affonso de Albuquerque seguidas de Documentos que as elucidam. publicadas […] sob a Direcção de Raymundo Antonio de Bulhão Pato. Lisboa: Typographia da Academia Real das Sciencias, 1884-1935.

7 v. em 6; 295 mm. Encadernações modernas com lombada e cantos em pele; nada aparados; ligeira acidez.

Primeira edição da Epistolografia de Afonso de Albuquerque relativa ao seu governo na Índia, sendo por isso um importantíssimo rol de documentos para a história dos Descobrimentos Portugueses e da nossa presença no Oriente. Afonso de Albuquerque (1462-1515) é a maior figura da história de Portugal no Oriente. Serviu em Arzila e na guarda de D. João II, Em 1503 foi enviado à Índia com seu primo Francisco de Albuquerque. comandando três naus, e juntos combateram as forças de Calecute e fundaram a Fortaleza de Cochim. Regressado a Portugal em 1504, D. Manuel mandou-o com Tristão da Cunha de novo para o Oriente em 1506, nomeando-o Governador na sucessão de Francisco de Almeida que abaria o triénio em 1508, ocupando até então o cargo de Capitão-Mor do mar da Arábia, onde obteve espantosas vitórias com uma diminuta armada. Quando chegou à Índia em 1508 o vice-rei recusou-se a dar-lhe o poder, chegando mesmo a estar preso, tendo sido necessário intervenção real que enviou o Marechal D. Fernando Coutinho em Outubro de 1509. Quando finalmente obteve o poder, levou a bom porto o seu programa, tendo obtido espantosas vitórias. Em 1510 é a tomada de Goa, em 1511 a riquíssima Malaca, em 1512, encontrando Goa cercada, toma o Forte de Benastarim e recupera a cidade, em 1514 está na Índia em trabalhos diplomáticos, em 1515 volta a Ormuz e conclui a Fortaleza. De regresso a Goa, no final desse ano e depois de haver movimentações contra a sua pessoa na Corte, Afonso de Albuquerque morre ainda antes de pisar terra firme.