Biblioteca Particular

GOUVEIA (António de). IORNADA DO ARCEBISPO DE GOA Dom Frey Aleixo de Menezes, Primaz da India Oriental, [...]. Em Coimbra. 1606.

O leilão começará em __ dias e __ horas

Preço base: €1,500

Preço estimado: €1 500 - €2 000

Comissão da leiloeira:

GOUVEIA (António de)
IORNADA DO ARCEBISPO DE GOA Dom Frey Aleixo de Menezes, Primaz da India Oriental, […]. Em Coimbra: Na Officina de Diogo Gomez Loureiro, 1606.

*6, A-Z6, Aa6, Bb10, A-K6, L2, ¶6, ¶¶3; [6], 152, [2], 62, [9] ff.; 265 mm. Encadernação com pergaminho antigo retaurada; guardas novas; corte das folhas carminado; de forma geral limpo e com boas margens.

PRIMEIRA EDIÇÃO. MUITO RARO. Biografia de uma das mais importantes figuras da Índia portuguesa de finais do século XVI. Eleito arcebispo de Goa em 1594, D. Aleixo de Meneses destacou-se pelo seu trabalho missionário, mas também bastante pelas suas intervenções políticas. De entre a correspondência enviada para o seu superior, são evidentes as discordâncias sobre o rumo do governo da Índia pelo então Vice-Rei Matias de Albuquerque, chegando mesmo a organizar uma campanha contra o Vice-Rei. Substituído o Vice-Rei por D. Francisco da Gama, D. Aleixo acusa-o por ser responsável pela enorme desordem vivida no território. E no plano missionário, foi D. Aleixo responsável pela acção de melhoria das condições da vida das mulheres e da organização do Sínodo do Diamper, entre a Igreja Sírio-Malabar e a Igreja Católica Romana, marco na tentativa de implementar e expandir o catolicismo na Índia.
O autor da biografia, Fr. António de Gouveia (1575-1628) foi natural de Beja, tendo professado a regra de Sto. Agostinho no Convento da Graça de Lisboa em 1591. Seis anos depois parte para Goa onde se torna professor de Teologia. Mandado à Pérsia para obter privilégios comerciais para Portugal, foi preso em Roma ao se ter conhecimento destas negociações. Depois de fugir foi novamente encarcerado, desta vez pelos muçulmanos, só alcançando a liberdade em 1620 por intervenção de Fr. António da Cruz, acabando por se recolher para a vila de Mançanares Menbrilla, onde morreu.

¶ Inocêncio, v.1, p. 151; Samodães, 1454; Importante Biblioteca Particular, V, 364