Manuscritos, Cartazes, Livros de Artista, Literatura & Col. Luís Pacheco

Tuesday, November 24, 2009 at 9:30 PM UTC

Arquivo Gen. Morais Sarmento SALAZAR (Oliveira). CARTA datada de 2 de Fevereiro de 1938, assindada, com evelope, 8 pp. RASCUNHO de carta de Morais Sarmento a Oliveira Salazar, datada de 24 de Janeiro de 1938, à qual Salazar faz referência, 6 pp., em papel

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Comissão da leiloeira:

Arquivo Gen. Morais Sarmento SALAZAR (Oliveira)
CARTA datada de 2 de Fevereiro de 1938, assindada, com evelope, 8 pp. RASCUNHO de carta de Morais Sarmento a Oliveira Salazar, datada de 24 de Janeiro de 1938, à qual Salazar faz referência, 6 pp., em papel de rascunho timbrado do Ministério da Guerra, Gab. do Major General do Exército.
O extenso rascunho de Morais Sarmento aborda entre vários assuntos relacionados com exército e vida militar, a questão dos diplomas saídos em folha oficial de 4 de Janeiro de 1938 sobre a reforma das instituições militares e em particular a questão extremamente delicada e polémica das promoções de oficiais e oficiais generais dos vários ramos das forças armadas. Alude frequentemente ao mau estar que tais diplomas causaram nos diversos escalões da hierarquia militar.
A resposta de Oliveira Salazar, no essencial, confirma o conteúdo de tais diplomas, isto é, a legitimidade e bondade de se efectuarem as promoções desde capitão por escolha e as do topo, abrangendo brigadeiros e generais, serem da competência do Conselho de Ministros.
Interessantes são as razões e os principios apresentados que sustentam esta resposta, a saber, a de “reduzir ao mínimo humanamente possível o arbtítrio pessoal em favor” de critérios objectivos. Apesar do Presidente do Conselho considerar que o critério de acesso sustentado na antiguidade é “o mais seguro”, também não deixa de referir que “a antiguidade é o que menos noção de responsabilidades exige nos orgãos de execução ou do Conselho de Estado” e que “sob o disfarce de evitar abusos possíveis, leva à prática certa de maior abuso – o nivelamento dos valores desiguais”. Refere ainda que há imagem do modelo do serviço público só uma coisa lhe interessa, que se “proponham os melhores, sempre os melhores e só os melhores”. Expressa que não compreenderia que doze anos depois do 28 de Maio houvesse alguém que ocupando um lugar de tamanha responsabilidade se procurasse servir a si traindo valores mais altos como os da lealdade.
Conjunto único, muito interessante.

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