Leilão de Livros, Fotografia & Manuscritos
Lote 15:
O lote foi removido do leilão
CHAGAS (Álvaro Pinheiro)
CARTAS (Quatro) de Álvaro Pinheiro Chagas, filho de M. Pinheiro Chagas a Aníbal Soares. Nas extensas missivas, Álvaro Pinheiro Chagas discorre sobre a situação política nacional após a implantação da República, assim como sobre vários projectos jornalísticos em que ele ou o seu destinatário estiveram envolvidos, dando preciosas informações sobre custos, tiragens, formas de composição, assim como de conteúdos jornalísticos. O conjunto inclui ainda um manuscrito incompleto de 14 ff. versando sobre a situação política nacional. Álvaro Pinheiro Chagas, natural de Lisboa, nascido em 1872, foi escritor e jornalista. Monárquico convicto, colaborou em vários periódicos de seu pai, tendo assumido a direcção do “Diário Ilustrado”, onde se notabilizou por uma série de crónicas político-literárias que sairiam mais tarde coligidas em volume. Proclamada a República, demitiu-se dos lugares que ocupava no Instituto Industrial e na Companhia da Sambézia e exilou-se em Baiona, juntamnte com outros monárquicos, na sequeência do assalto ao “Correio da Manhã” que então dirigia. Morreu no Estoril em 1935. O seu correspondente, Aníbal de Andrade Soares (1882-1925), também ele jornalista, foi um dos grandes defensores da Monarquia em pleno período de ascensão do regime republicano. Chefe de redacção do “Diário Ilustrado”, onde iniciou a sua carreira jornalística, esteve depois no “República” e no “Correio da Manhã”. Defensor da ditadura de João Franco, foi exilado e, ao regressar a Portugal, dirigiu “O Nacional” e o “Diário Nacional” com Aires de Ornelas. Foi deputado no tempo de Sidónio Pais, tendo colaborado no “Diário de Notícias”. Publicou um único romance – Ambrósio das Mercês: memórias – obra tida como a que, no seu tempo, mais claramente mostra ser indispensável o recurso à fantasia para colmatar as deficiências de uma sujeição demasiado rígida da escola realista. Muito interessante..
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