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[ABREU E LIMA] . ARQUIVO VISCONDES DA CARREIRA. Correspondência entre Luís António de Abreu e Lima, 1.º Visconde e 1.º Conde da Carreira, e Luís Bravo de Abreu e Lima, 3.º Visconde da Carreira

O leilão começará em __ dias e __ horas

Comissão da leiloeira:

[ABREU E LIMA]

ARQUIVO VISCONDES DA CARREIRA. Correspondência entre Luís António de Abreu e Lima, 1.º Visconde e 1.º Conde da Carreira, e Luís Bravo de Abreu e Lima, 3.º Visconde da Carreira (100 cartas); e entre outros membros da família Abreu e Lima (9 cartas). Luís António de Abreu e Lima foi uma figura de primeira ordem da diplomacia portuguesa entre os anos de 1824 e 1862. Nasceu em Viana do Castelo a 18 de Outubro de 1787 e morreu em Lisboa a 18 de fevereiro de 1871. Parecendo de início inclinar-se para uma carreira militar, acabou por realizar uma distinta carreira diplomática, ocupando posições proeminentes em várias capitais europeias, num periodo decisivo da história portuguesa. Foi Adido à delegação portuguesa no Congresso de Viena nos anos de 1814 e 1815, Secretário da Legação de Sua Magestade em S. Petersburgo, e nesta capital serviu desde Agosto de 1817 como Encarregado de Negócios. Entre 1824 e 1830, foi Enviado Extraordinário e Ministro Plenipotenciario na Corte dos Paises Baixos. As boas relações com este governo mantiveram-se firmes, apesar de, a 9 de Junho de 1828, em nota ao governo em que se encontrava acreditado, romper as relações com o governo intruso de D. Miguel em Portugal e acabar exonerado do seu cargo. O governo neerlandês ofereceu o seu apoio a Abreu e Lima, o que lhe permitiu manter as boas relações oficiais e obter deste governo asilo e proteção para os emigrados portugueses que aí se dirigiam de várias partes da Europa. Em 1830, Abreu e Lima foi nomeado Ministro Plenipotenciário de D. Maria II em Londres pela Regência da Ilha Terceira, incumbência que exerceu até 1834. Entre 1834 e 1840 foi ministro em Paris, apesar de em 1838 ser nomeado Ministro dos Negócios Estrangeiros, cargo que não aceitou. Em 1840, enquanto Enviado Extraordinário junto da Santa Sé, obteve de Gregório XVI o reconhecimento do novo estatuto político português. Este feito acarretou o posterior reconhecimento por parte de várias potências europeias, como Áustria, Prússia e Rússia. Em 1845, foi nomeado para o Conselho de Estado, e dois anos depois é nomeado aio do Príncipe D. Pedro e do Infante D. Luís. O derradeiro acto diplomático dá-se com a descolação a Turim, em 1868, na qualidade de Enviado em Missão especial, para pedir a El-rei Victor Manuel a mão de sua filha D. Maria Pia. A carreira de Luís António de Abreu e Lima coloca-o, assim, em posições destacadas que lhe permitiram ter um papel decisivo nas vicissitudes da vida política nacional e internacional da época. Actor privilegiado, mantém-se sempre numa posição em que confluíram importantes informações, deliberações e decisões respeitantes à Regência da Ilha Terceira, restauração do trono e da Carta Constitucional, reconhecimento formal do governo de D. Maria II. Na troca de correspondência que manteve regularmente com o seu sobrinho Luís Bravo de Abreu e Lima, além dos temas estritamente pessoais e/ou relativos ao munícipio de Viana do Castelo, encontramos relevantes referências a várias instâncias, ocorrências e personalidades da vida política, diplomática e social daquele tempo. .

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