Publicada pela primeira vez em 1958, a obra **”Seara do Vento”** de Manuel da Fonseca emerge como uma das mais marcantes do neorrealismo português. A narrativa, ambientada numa aldeia do Alentejo, apresenta uma crítica poderosa à opressão e à injustiça social que caracterizava a vida rural de Portugal na primeira metade do século XX. Com uma escrita envolvente e personagens profundamente humanas, o autor aborda temas como a luta dos camponeses contra a exploração e a adversidade imposta pelos poderosos.
A primeira edição de “Seara do Vento” destacou-se pelo seu contexto histórico e político. Em plena ditadura do Estado Novo, Manuel da Fonseca denuncia as condições de miséria e desigualdade que assolavam a população rural. Ao mesmo tempo, o livro foi um grito de esperança e resistência, simbolizando a coragem daqueles que se insurgiam contra a opressão. A sua publicação causou grande impacto tanto entre os leitores quanto nos círculos literários, consolidando o autor como uma voz crítica e comprometida com as causas sociais.
Hoje, “Seara do Vento” permanece como um clássico da literatura portuguesa, tendo a sua primeira edição se tornado um objeto de valor para colecionadores. Mais do que um documento de uma época, a obra transcende o seu tempo, apresentando questões que continuam a ressoar na sociedade contemporânea, como a desigualdade, a injustiça e a resiliência humana.
